Nos dias 14 e 15 de agosto, representantes de movimentos sociais (e.g., MAB, MST e catadores), engenheiros/as, cientistas sociais, filósofos, arquitetas, designers e outras pessoas interessadas estarão reunidas para apresentar e refletir sobre as potencialidades e os desafios de algo como a engenharia popular. Esta poderia ser entendida como um tipo de projeto participativo emancipador, que tem como coprojetistas grupos populares, movimentos sociais ou grupos de trabalhadores organizados.
O evento acontecerá no Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP. Pode-se participar dele, inclusive fazendo-se perguntas, também à distância, uma vez que ele será transmitido ao vivo pela Internet. Para a programação completa da atividade, o endereço da transmissão ao vivo e a inscrição (para quem for participar presencialmente), acessem o link: http://iea.usp.br/eventos/engenharia-popular. A atividade é gratuita.
O evento está sendo organizado pela Rede de Engenharia Popular Oswaldo Sevá, com o apoio do IEA da USP.
PROGRAMAÇÃO
TERÇA-FEIRA, 14/ago/2018
Demandas de movimentos populares
9h-11h: ENCONTRO 1 – Mesa-redonda – Qual engenharia ou qual tipo de solução técnica é buscada por grupos populares? Diálogo com representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
• Maysa Pereira (Engenheira agrônoma, doutoranda pela UFLA e militante do MST)
• Pablo Dias (Engenheiro florestal e coordenador nacional do MAB)
• Vilma Estevam (Presidenta da cooperativa de catadores Coopersol-Leste (BH))
11h-11h15: Coffee break
11h15-12h: ENCONTRO 1 – continuação – debate com os participantes.
12h-13h30: Almoço
Apresentação da engenharia popular
13h30-15h30: ENCONTRO 2 – Mesa-redonda – O que é a engenharia popular? Apresentação histórica: a tripla origem da engenharia popular brasileira e um panorama geral das atividades que os membros da Repos desenvolvem e desenvolveram no país.
• Celso Alvear (UFRJ)
• Lais Fraga (Unicamp)
15h30-16h: Coffee break
16h-18h: ENCONTRO 3 – Mesa-redonda – O que fundamenta a compreensão de mundo e de engenharia que a EP possui? Fundamentações teóricas: pesquisa-ação, educação popular, feminismo.
• Bruna Vasconcellos (Unifei)
• Fernanda Araujo (Cefet-RJ)
QUARTA-FEIRA, 15/ago/2018
Problematização desse tipo de produção tecnológica
8h30-10h30: ENCONTRO 4 – Mesa-redonda – Alguns desafios da prática popular de projetos de engenharia. 1) Como incorporar os valores, ideais e estéticas do grupo popular ao conhecimento que subsidia o projeto de engenharia popular (ou como se construir uma ordem sociotécnica o mais próximo possível daquela buscada pelo grupo popular)? 2) Como projetar tecnologias digitais em diálogo com tecnologias têxteis artesanais: a questão do diálogo de saberes.
• Cristiano Cordeiro Cruz (USP)
• Tania Pérez-Bustos (Univ. Nac. da Colômbia)
• Debatedora: Maysa Pereira (MST e UFLA)
10h30-11h: Coffee breakAlargando a reflexão: o que se pode aprender de outras iniciativas populares de produção técnica?
11h-13h: ENCONTRO 5 – Trocas de saberes, 2h – Etnografia e tecnologia. Conversa sobre a importância da etnografia e do diálogo entre saberes na construção de soluções técnicas populares. Nesta atividade, não ocorre uma palestra, mas a participação das pessoas presentes em uma conversa com e entre especialistas sobre, no caso, etnografia e produção tecnológica.
• Tania Pérez-Bustos (Univ. Nac. da Colômbia)
• Zoy Anastassakis (UERJ)
13h-14h30: Almoço
14h30-17h: ENCONTRO 6 – Mesa-redonda – Projeto e tecnologia no feminino. Apresentação e discussão de outras iniciativas brasileiras que têm caminhado na articulação entre projeto, tecnologia e o feminino (do qual o feminismo é parte).
• Iazana Guizzo (Universidade Santa Úrsula (RJ))
• Joana Mello (FAU/USP)
• Silvana Rubino (Unicamp)
• Zoy Anastassakis (UERJ)
• Debatedora: Tania Pérez-Bustos (Univ. Nac. da Colômbia)
17h-17h15: Coffee break
17h15-18h: ENCONTRO 6 – continuação – debate com os participantes.